terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Volta às aulas

Muitos autores têm afirmado que as escolas deveriam entender mais de seres humanos e de amor do que de conteúdos e técnicas educativas. Cada vez mais percebemos a importância da educação ser pensada como meio de promover a própria vida.
Infelizmente, o currículo atual da maioria das escolas ainda prioriza o desenvolvimento cognitivo, o conteudismo, excluindo a emoção humana e o afeto do processo ensino-aprendizagem.
Para que tenhamos uma educação mais humanista se faz necessário que o educador abandone as velhas concepções de ensino e busque uma nova visão que possa construir uma sociedade mais justa, democrática e solidária.
É necessário que o professor invista na formação de vínculos afetivos, acreditando na pessoa e compreendendo seus limites individuais. O educador precisa recuperar a afetividade na escola, não somente o afeto que consola, mas também o afeto que impulsiona, pois aponta caminhos e reconstrói a esperança num mundo melhor.
Nos primeiros dias de aula é fundamental sondar as expectativas do grupo e integrá-lo. Portanto, inicie de forma acolhedora e afetiva, assim ficará mais fácil planejar aulas onde os sentimentos estejam presentes e não só a razão.
“Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
A escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, 
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se 'amarrar nela'!”

(Paulo Freire)